Agende agora uma avaliação gratuita!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cérebro - Patologia: Aterosclerose

 Aterosclerose pode afetar as artérias do cérebro, do coração, dos rins e de outros órgãos vitais, assim como as dos membros superiores e inferiores. Quando a aterosclerose ocorre nas artérias que suprem o cérebro (artérias carótidas), ela pode provocar um acidente vascular cerebral e; quando ocorre nas artérias que suprem o coração (artérias coronárias), ela pode provocar um infarto do miocárdio. Nos Estados Unidos e na maioria dos outros países ocidentais, a aterosclerose é a principal causa de doença e morte.
Em 1992, apenas nos Estados Unidos, ela foi responsável por quase 1 milhão de mortes – duas vezes mais que o câncer e dez vezes mais que acidentes. Apesar dos importantes avanços da medicina, a doença arterial coronariana (a qual é decorrente da aterosclerose e causa do infarto do miocárdio) e o acidente vascular cerebral aterosclerótico são responsáveis por mais mortes que todas as demais causas combinadas.

Causas

A aterosclerose começa quando os monócitos (um tipo de leucócito) migram da corrente sangüínea para a parede da artéria, transformando- se em células que acumulam materiais gordurosos. No decorrer do tempo, esses monócitos gordurosos acumulam-se e provocam um espessamento em forma de placas no revestimento interno da artéria. Cada área de espessamento (chamada placa aterosclerótica ou ateroma) está repleta de uma substância cuja aparência lembra a de um queijo (caseosa) e que é constituída por diversos materiais gordurosos, principalmente o colesterol, células musculares lisas e células do tecido conjuntivo.
Os ateromas podem localizar-se em artérias de médio e grande calibre, mas, geralmente, eles formam-se nos locais de ramificação das artérias, supostamente porque a turbulência constante nessas áreas lesa a parede arterial, tornando- a mais suscetível à formação do ateroma. As artérias afetadas por aterosclerose perdem sua elasticidade e, à medida que os ateromas crescem, tornam-se mais estreitas. Com o passar do tempo, os ateromas acumulam depósitos de cálcio, que podem tornar-se frágeis e romper.
O sangue então pode penetrar em um ateroma rompido, aumentando de tamanho e diminuindo ainda mais a luz arterial. O ateroma roto também pode liberar seu conteúdo gorduroso, dando início à formação de um coágulo sangüíneo (trombo). O coágulo pode diminuir ainda mais a luz da artéria ou mesmo obstruí-la, ou ele pode despregar-se e entrar na circulação onde ele produz uma oclusão (embolia).

Sintomas

Em geral, a aterosclerose não causa sintomas até haver produzido um estreitamento importante da artéria ou até provocar uma obstrução súbita.
Os sintomas dependem do local de desenvolvimento da aterosclerose. Por essa razão, eles podem refletir problemas no coração, no cérebro, nos membros inferiores ou em praticamente qualquer região do corpo. Como a aterosclerose estreita uma artéria de forma considerável, as áreas do corpo por ela supridas podem não receber uma quantidade suficiente de sangue, o qual transporta oxigênio para os tecidos. O primeiro sintoma de uma estenose arterial pode ser dor ou câimbras nos momentos em que o fluxo sangüíneo é insuficiente para satisfazer à demanda de oxigênio do corpo.
Por exemplo, durante a prática de exercícios, a pessoa sente dor torácica (angina) em decorrência da falta de oxigênio ao coração ou, ao caminhar, sente câimbras nas pernas (claudicação intermitente) decorrente da falta de oxigenação nas pernas. Em geral, esses sintomas desenvolvemse gradualmente, conforme a aterosclerose vai estreitando a artéria. Mas, quando uma obstrução ocorre de modo súbito – por exemplo, quando um coágulo sangüíneo se aloja em uma artéria –, os sintomas surgem repentinamente.

Desenvolvimento da Aterosclerose

A aterosclerose começa quando os monócitos (um tipo de leucócito) migram da corrente sangüínea para a parede arterial e transformamse em células que acumulam material gorduroso. No decorrer do tempo, ocorre a formação de um espessamento irregular (placa) no revestimento interno da artéria.

Fatores de Risco

O risco de ocorrer aterosclerose aumenta com a hipertensão arterial, níveis sangüíneos elevados de colesterol, tabagismo, diabetes ou obesidade e com a falta de exercício e o envelhecimento. O fato de ter um parente próximo que apresentou aterosclerose ainda jovem também é um fator de risco.
Os homens apresentam maior risco que as mulheres, embora, após a menopausa, o risco aumente para as mulheres, chegando a ser igual ao dos homens. Os indivíduos com homocistinúria, uma doença hereditária, apresentam uma extensa formação de ateromas, particularmente quando jovens. A doença afeta muitas artérias, mas não principalmente as artérias coronárias que suprem o coração.
Em contraste, na hipercolesterolemia familiar, outra doença hereditária, níveis sangüíneos de colesterol extremamente altos estimulam a formação de ateromas nas artérias coronárias, muito mais do que nas demais artérias.

Prevenção e Tratamento

Para evitar a aterosclerose, devem ser eliminados os fatores de risco controláveis: níveis sangüíneos elevados de colesterol, hipertensão arterial, tabagismo, obesidade e falta de exercício. Portanto, dependendo dos fatores de risco particulares a um indivíduo, a prevenção pode consistir na redução do nível de colesterol, na redução da pressão arterial, na interrupção do tabagismo, na perda de peso e no início de um programa de exercício. Felizmente, a instituição de medidas para atingir alguns desses objetivos acaba auxiliando a atingir os outros.
Por exemplo, o início de um programa de exercícios ajuda o indivíduo a perder peso, o que, por sua vez, auxília a reduzir o nível de colesterol e a pressão arterial. A interrupção do tabagismo também ajuda a diminuir o nível de colesterol e a pressão arterial. Para os indivíduos que já apresentam um risco elevado de cardiopatia, o tabagismo é particularmente perigoso, pois o fumo diminui o nível do colesterol bom (colesterol ligado a lipoproteína de alta densidade ou HDL-colesterol) e aumenta o nível do colesterol ruim (colesterol ligado à lipoproteína de baixa densidade ou LDL-colesterol).
O tabagismo também eleva o nível de monóxido de carbono no sangue, o que aumenta o risco de lesões do revestimento da parede arterial e o fumo contrai as artérias já estreitadas pela aterosclerose, comprometendo ainda mais o volume de sangue que chega aos tecidos. Além disso, o fumo aumenta a tendência do sangue de coagular e, dessa forma, aumenta o risco de doença arterial periférica, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral e obstrução de um enxerto arterial após uma intervenção cirúrgica. O risco de doença arterial coronariana do tabagista está diretamente relacionado ao número de cigarros fumados diariamente.
Os indivíduos que deixam de fumar apresentam uma redução de 50% do risco em comparação àquelas que continuam a fazê-lo, independentemente do período de tempo que eles fumaram. O abandono do tabagismo também diminui o risco de morte após uma cirurgia de revascularização miocárdica (bypass) ou após um infarto do miocárdio. Além disso, o abandono do tabagismo diminui a incidência da doença e o risco de morte em indivíduos com aterosclerose em artérias distintas daquelas que suprem o coração e o cérebro.
Em resumo, o melhor tratamento para a aterosclerose é a prevenção. Quando a aterosclerose torna-se suficientemente grave a ponto de causar complicações, o médico deve tratar as complicações – angina, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, acidente vascular cerebral ou obstrução de artérias periféricas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário