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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Estômago: Patologia - Dispepsia

A dispepsia, vulgarmente designada por má digestão, é constituída por um conjunto de sintomas surgidos na porção central do abdómen, acima do umbigo.

Causas
A dispepsia tem muitas causas. Porém, as mais habituais e mais rapidamente associadas à patologia são:

  • Engolir ar (aerofagia)
  • Regurgitação (refluxo) de ácido proveniente do estômago
  • Irritação do estômago (gastrite)
  • Úlcera gástrica ou duodenal
  • Cancro do estômago
  • Inflamação da vesícula biliar (colecistite)
  • Intolerância à lactose (impossibilidade de digerir o leite e os produtos lácteos)
  • Perturbações da motilidade intestinal (por exemplo, síndroma do intestino irritável) Ansiedade ou depressão

No entanto, o aparecimento de dispepsia pode resultar de diferentes patologias digestivas, em particular de doenças que afectam o estômago e duodeno. Uma das situações mais representativas é a úlcera péptica, uma ferida do revestimento interno destes órgãos. Esta doença pode resultar da toma de certos medicamentos, como sejam os anti-inflamatórios e a aspirina. Pode, por outro lado, ser causada pela infecção do estômago por uma variante mais agressiva duma bactéria frequente, o Helicobacter pylori.
Em alguns doentes, os sintomas podem ter origem noutros órgãos, surgindo, por exemplo, em consequência de doença do pâncreas ou de cálculos biliares. É relativamente raro, especialmente em pessoas com idade inferior a 45-50 anos, que a dispepsia esteja relacionada com doenças malignas, designadamente com o cancro gástrico. Em muitos casos a dispepsia corresponde apenas a uma perturbação do funcionamento digestivo, a qual pode surgir mesmo sem doenças subjacentes. Estas situações são designadas por dispepsia funcional.

Sintomas
A dispepsia engloba dois subgrupos distintos de queixas: por um lado, a sensação de dor ou ardor na região do estômago e, por outro, a ocorrência de dificuldade de digestão, seja traduzida por saciedade precoce, seja manifestada por enfartamento pós-prandial.
Por saciedade precoce entende-se a sensação de preenchimento rápido do estômago após início da refeição, desproporcional à quantidade de alimentos ingeridos e impedindo a continuação da refeição.
O enfartamento pós-prandial corresponde à sensação desagradável de persistência prolongada dos alimentos no estômago.
A dor e o mal-estar na parte superior do abdómen ou no peito pode ser acompanhada de arrotos e de ruídos abdominais ampliados (borborigmos). Nalgumas pessoas, a ingestão de alimentos agrava a dor, a outras alivia-a. Outros sintomas incluem perda de apetite, náuseas, prisão de ventre, diarreia e flatulência.

Tratamento
Quando as queixas são desencadeadas por este ou aquele alimento e, é muito frequente isso acontecer, o nosso médico recomenda-nos que durante algum tempo retiremos esse alimento ou esses alimentos da dieta. O beneficio desta atitude é com frequência temporário e de pouco valor.
Sempre que possível, devemos fazer uma alimentação variada. Uma vida calma, com refeições agradáveis, sem grandes quantidades de alimento, ingeridos sem pressa pode ajudar a aliviar os sintomas.
Durante um curto período de tempo pode experimentar-se a administração dum anti-ácido ou dum bloqueador dos receptores H2, como a cimetidina, a ranitidina ou a famotidina. Se a pessoa tiver uma infecção por Helicobacter pylori na mucosa do estômago, o médico normalmente prescreve subsalicilato de bismuto e um antibiótico como a amoxicilina ou o metronidazol.

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