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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Estômago: Patologia - Úlceras pépticas

As úlceras pépticas são feridas ou áreas de erosão que se formam no tecido de revestimento do aparelho digestório. Geralmente elas ocorrem no estômago (úlcera gástrica) ou no duodeno (úlcera duodenal).
   O tecido de revestimento do estômago e do duodeno possui uma camada de muco (substância gelatinosa) que serve como mecanismos de proteção contra a ação dos sucos digestivos ácidos produzidos por eles. Caso ocorra um dano a essa camada protetora, os sucos digestivos podem irritar e machucar o tecido de revestimento, ocasionando a formação da úlcera.
   As pessoas com úlceras pépticas podem ter inúmeros sintomas, não terem sintomas (assintomáticas) ou, menos frequentemente, apresentarem complicações graves, como sangramento. Os sinais e sintomas mais comuns das úlceras pépticas são: dor ou desconforto na região superior do abdome, falta de apetite, náusea, eructação, vômitos, plenitude (sensação de saciedade mesmo tendo comido pouco).
   Muitos desses sintomas podem acontecer em pessoas que não tem úlcera. Por essa razão, qualquer pessoa que possua um ou mais desses sintomas deve discutir suas dúvidas com um médico qualificado para determinar se exames ou tratamentos são necessários.
     As duas causas mais comuns da doença são a infecção pela bactéria Helicobacter pylori e o uso de medicações anti-inflamatórias não esteróides.
   A Helicobacter pylori (HP), é uma bactéria comumente encontrada no estômago, sendo a infecção bacteriana crônica mais comum nos seres humanos. A presença da bactéria causa um série de alterações no ambiente normal do estômago e duodeno, podendo destruir a camada mucosa de proteção e liberar algumas enzimas e toxinas que direta ou indiretamente podem lesionar as células do estômago e do duodeno.
   Os anti-inflamatórios não esteróides (AINES) são responsáveis pela maioria das úlceras não causadas pela HP. Inúmeros AINES estão disponíveis para uso da população, sendo vendidos com ou sem presecrição médica, entre eles a aspirina, ibuprofeno, diclofenaco e outros. O risco de desenvolvimento de uma úlcera depende do tipo e classe específica do AINES, a dosagem, a duração de uso e alguns fatores individuais, ie, característicos de cada pessoa.
   Outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da úlcera péptica podem ser fatores genéticos, cigarro e o álcool. Uma doenças rara, o gastrinoma (Síndrome de Zollinger-Ellison), pode ser causa de úlceras pépticas múltiplas ou recorrentes.
   Nem todo mundo que tem sintomas de úlcera péptica tem úlcera péptica. Sintomas similiares podem ser causados por uma variedade de doenças, como a dispepsia funcional (ie, presença de sintomas do yipo úlcera sem causa específica), retardo no esvaziamento do estômago, refluxo ácido, problemas na vesícula biliar e, muito menos comumente, câncer gástrico. Por esse motivo, o processo de diagnóstico depende da história médica específica do paciente e, em alguns casos, testes específicos, como a endoscopia digestiva alta.
    As úlceras pépticas podem ser curar espontaneamente, e podem retornar. Elas podem estar associadas com  condições de alta gravidade, que podem colocar a vida em risco. As complicações acontecem mais frequentemente em pacientes idosos e aqueles que usam AINES. As complicações mais comuns são o sangramento e a perfuração.
   O sangramento pode ser gradual ou abrupto; sangramento abrupto pode causar fezes escurecidas, com cheiro forte (sangue digerido). A maioria dos sangramentos de úlceras podem ser controlados com endoscopia digestiva alta, que permite que o médico cauterize ou injete substâncias esclerosantes para parar o sangramento. Aproximadamente 5% das pessoas que apresentam sangramento de úlcera podem vir a requerer cirurgia de emergência.
   A perfuração ocorre quando existe uma destruição completa de todas as camadas do estômago ou do duodeno causada por uma úlcera. Geralmente ela ocasiona dor abdominal severa e súbita e requer tratamento cirúrgico na grande maioria dos casos.
   A maioria das úlceras podem ser curadas com medicação. Procedimento cirúrgico raramente é necessário, a não ser quando existe a presença de complicações.
   O primeiro passo é a identificação da causa da úlcera, o uso de AINES deve ser suspenso. Pessoas que têm a infecção por H. pylori devem ser tratadas com antibióticos . Medicação para reduzir a produção ácida do estômago será utilizada.
   Algumas medidas em conjunto com a medicação devem ser adotadas para ajudar na cicatrização da úlcera: para de fumar, evitar uso de AINES, evitar cafeína e álcool.
   Após o término do tratamento, as pesoas que fizeram tratamento para H. pylori serão testadas para verificar se o tratamento conseguiu erradicar a bactéria, caso o teste venha novamente positivo, o retratamento está indicado. O retratamento é necessário em cerca de 10% dos pacientes.

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